quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Cumpro à risca o desejo de ser feliz

(Essa foto , de um quadro de um dos meus artistas favoritos, Marcelus Bob, foi enviada pela assessoria do deputado Fernando Mineiro e estava guardada em minhas imagens. Achei por bem inseri-la neste post. Salvo engano, é do fotógrafo Clóvis Tinoco).

A vida é muito engraçada. Até quando temos problemas, aliás, difícil não tê-los. As 24 horas do dia se encerram antes do prazo estabelecido para que eu possa concluir minhas tarefas. Enumero nos dedos os abacaxis que preciso descascar. Ao mesmo tempo, penso com ansiedade visível o que presumo ser a solução. Não tenho forças para lutar contra a lentidão dos meus sentidos. Respiro fundo, calço tênis, (des)combinando com saias ou vestidos, faço contas no cartão de crédito para ser feliz antes do prazo.
Desejo sentir um pouco de atenção. Tenho um medo – recorrente - de estar sozinha em uma jornada que começou há alguns anos e que mudou totalmente minha rotina, meus ideais, minhas metas, minhas necessidades. Aliado a isso, junto os desejos de outrora, ainda não saciados, e me deparo com uma grande bola de neve. Continuo sendo a mesma, mas adquiri adendos e anexos. Acho mais bacana ser imprevisível, mas sinto falta de cumprir à risca uma rotina. Para as metas do ano, organização seria a primeira, porém, minha agenda permaneceu branca até ontem.
Felizmente, tenho contado com a sorte. Espero que ela me bata à porta sempre. Tem estado presente, porém, não posso pensar que sou o “Gastão”, que acha trevos de quatro folhas a todo instante. Faço a dieta do amanhã, aquela que tem dia e hora para começar, mas não começa nunca. Ontem foi somente o prelúdio. Amanhã buscarei refúgio. E assim, amarro com os dentes o que não estará seguro com os pés. Bye bye. Tô indo embora de novo. Para a rua, trabalhar dessa vez.

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