sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Massa magra x percentual de gordura: emagrecer com saúde

Avaliação física mostrou percentuais de gordura em meu corpo, além de outras características. Sigo em frente com o foco no Tanquinho 4.0. 

Ascendino Neto, o preparador fisico, verificou presença de  massa muscular!
Mesmo doente, eu sigo firme e forte com minha determinação de emagrecer, ficar bonita, buscar o equilíbrio e a plenitude aos quarentinha. Estou me restabelecendo de uma crise ocular chamada Uveíte, causada por um problema de fundo reumático, um distúrbio auto-imune denominado Doença de Behçet. Desde o dia 10 de janeiro, luto contra a inflamação nos olhos, tomando corticóides, anti-inflamatório (por dez dias, já acabou) e colirio umas cinco vezes ao dia. O fato de ter de ficar afastada do computador me entristeceu um pouco, porque além do trabalho, tenho também outras coisas, como o blog, e eu estava louquinha já de agonia. Mas, aos poucos, estou voltando.
Nesse meio tempo, continuo na rota do emagrecimento de maneira gradual e saudável. No dia 23 de janeiro, aproveitei a folguinha da licença-médica e fiz uma avaliação física, com o preparador Ascendino Neto, da Kimura House ((84 - 3223-8226 / 8813-9979). Resultado? Não foi bom,  mas a avaliação mostrou que pelo menos não estou tão mal assim. Tenho algumas vantagens, ufa!
Altura: 1,50; peso: 60 kg; índice de massa corporal: 26,67 kg/m2, considerado pré-obesidade.
Todos os detalhes da avaliação fisica, que servem de base para a dieta que a nutricionista está preparando
Bem, o "beliscãozinho" que toda mulher sente medo é de dar medo mesmo. O aparelhinho detectou 32% de gordura corporal, quando o máximo aceitável seria de 25% e o mínimo recomendado é de 20%. "Mas você tem uma grane vantagem, você tem uma boa massa muscular", disse Neto, ao constatar que minha pele não é  flácida ao usar o aparelhinho. "Foi até difícil de puxar". Do peso atual, recomenda que eu volte para o meu peso considerado ideal para minha fase adulta, que sempre foi 52 kg, até eu desandar a engordar depois dos 31 anos. Mas o minimo é de 55 kg. Depois disso, fui para a nutricionista Michele Régis (aguardem novo post com dieta) e falei que tinha a intenção de lutar pela segunda opção, mas ela falou que vai focar nos 52. Pode? E eu consigo? 

Quanto à atividade física, continuo apenas caminhando, cerca de uma hora e 15 minutos, umas quatro vezes por semana, intercalando passos lentos (aquecimento), rápidos, corrida de uns dois a três quarteirões, mais passos rápidos, lentos e por aí vai. Neto recomendou essa mudança de velocidade, o que ele denomina de "intervaladas". Como é chato ficar contando minutos para isso ou aquilo, sigo o som. Isto é, a intensidade da música que estou ouvindo. Como a maioria tem tempo de duração semelhante, minha estratégia está dando certo. Quando vem uma bem animada, corro!
Ah, e o melhor de tudo, o ponteiro da balança já detectou menos de 60 kg. Estou muto feliz e comecei a colher os louros da fama: em  casa, no trabalho, na rua e com o namorado, os elogios começaram a surgir. Silhueta mais magra, pele mais bonita, aparência mais segura. Viva eu!  

sábado, 11 de janeiro de 2014

Emoções sem limite x equilíbrio

Saber esperar o momento certo para cada coisa na vida da gente não é tarefa das mais fáceis. A ansiedade toma conta de mim e faz algum tempo que eu descobri que padeço desse mal. As consequências desses revolução de sentimentos faz brotar em meu organismo os sintomas de uma doença auto-imune, chamada Doença de Behçet. Sexta-feira foi o dia D: o olho inflamou e estou à base de corticóide.
Alegria, tristeza, desilusão, otimismo, cansaço: sentimos tudo ao mesmo tempo
Há algum tempo, eu percebi que ter a vida em equilíbrio também tem a ver com o lado emocional, desde que escrevi a reportagem para a revista Glam, sobre as mulheres que alcançaram a plenitude aos quarentinha, o que me despertou a encarar esse desafio de também chegar linda, loira e bem resolvida aos 40 anos de idade. Não adianta a mulher estar magra, bem cuidada, com a pele fresca e juvenil, se por acaso ainda se sente insegura quanto ao trabalho, à condição de mãe, ao romance etc. Temos de nos cuidar por completo. Mas não é fácil controlar as emoções. Quando há um descontrole, seja por qual motivo for, temos a tendência a nos classificar como adolescentes. Se for relacionado a paixões, aí é que o coração acelerado nos faz lembrar dos tempos de juventude, quando até um beijinho no rosto nos fazia levitar. E se nos sentimos assim, a auto-crítica vem com tudo, tipo: "ei, mulher, você não é mais nenhuma menina não".
Mais ou menos significa que o controle das emoções tem a ver com maturidade. É e não é. Afinal, não devemos estar secos diante de tudo o que nos acontece. Por que não chorar vendo filme, ou relembrando as aventuras com as amigas, ou se deparando com as peripécias das crianças, ou ouvindo uma música que lembra o amor? O problema é quando há uma mistura tão intensa de emoções e a gente começa a não render mais no trabalho, ou passa a ter desconfiança do parceiro/parceira, quando o trabalho passa a não ter mais sentido, quando a vida doméstica está um caos, desorganizada.  Mas, é fácil? Claro que não. Dificílimo.
As máscaras do teatro: retrato de nossa existência
E se não nos controlamos, não rendemos direito em nenhum dos aspectos da vida. A tristeza se torna angústia (aquele aperto no coração) e deixa de ser um aspecto mental para atingir o físico. Quando estou ansiosa, eu nem quero comer, fico impotente, agoniada. E passei a perceber isso quando eu trabalhava na Tribuna do Norte e acumulava duas funções. Às segundas, eu fechava sozinha um caderno de arquitetura e design, o Estampa, e já acordava me sentindo mal. Péssima. Passei muito tempo para classificar aquilo como ansiedade. E assim, sempre na iminência de um trabalho por concluir, eu me sentia daquele jeito. Demorei para me entender e me controlar, respirando lentamente e repetindo para mim mesma que eu daria conta. Coloquei na minha cabeça que Deus, o maior de todos os santos, é o padroeiro do jornalismo e que sempre dá tudo certo no final. E tem dado certo desse jeito.  
Mas, ainda na adolescência, nos lances de paquera e namoro, eu tinha às vezes uma sensação inexplicável, uma explosão de sensações, uma coisa boa, misturada a uma coisa ruim (o aperto, a vontade de estar junto o tempo todo, a expectativa quanto à correspondência que não chega, o atraso, a espera), tudo isso é explicado por Roland Barthes em seu livro Fragmentos de um Discurso Amoroso. Eu, mesmo beirando os 40 anos, ainda sinto tudo isso quando eu estou gostando de alguém. Quer dizer que certas coisas não mudam, mesmo com o passar da idade, e não devemos nos culpar, mas nos conhecer e nos curtir. Eu sei que gosto muito de uma pessoa quando sinto uma emoção incontida dentro de mim quanto eu disco o número ou mando mensagem, e muito mais quando eu recebo. Mesmo que o relacionamento já não esteja mais no começo. No meu atual relacionamento, eu percebo que devo conter a ansiedade, por se tratar de uma pessoa que ama sua liberdade e respeita a minha, e me dá chão, isto é, não preciso disfarçar minha intensidade. Se eu tiver com vontade de escrever ou ligar, tudo bem, não serei interpretada como invasiva (já conversamos sobre isso, ufa!). E eu não cobro intensidade de ninguém, porque cada pessoa é de uma forma. Gosto apenas quando respeitam o meu jeito de ser. Espontâneo.
 
Amizades verdadeiras nos ajudam a controlar as emoções
Este ano, no dia 6 de janeiro, amanheci o dia ansiosíssima. Um misto de preocupação com trabalho, com dinheiro para sobrevivência, com coisas de minha filha que ainda tenho que comprar (materiais, mochila, tênis). O dinheiro na conta rareando, a minha chefe me mandando mensagens o tempo todo me cobrando coisas num período em que o ano nem bem começou. Foi um Deus nos acuda. Eu estava em Baía Formosa, na minha casa de praia, e me organizava para retomar a vida. No dia seguinte, daria expediente normal e pensava que teria de arranjar tempo para tudo: para fazer extras, para atividade física, para ir ao médico, para levar Alice ao dentista, e que em pouco tempo as aulas dela já vão começar e aí começa tudo de novo. Acordar cedo, café, almoço, lanche, supermercado. Foi difícil me acalmar. Por mais que eu estivesse numa ótima condição naquele momento, descansada, curtindo o verão, eu sabia que aquela situação não era o bastante para resolver tudo o que preciso, e que o ano seria comprido demais para mim (carnaval, copa do mundo, etc, tudo isso significa mais responsabilidade no meu emprego).
Então, quando eu cheguei em Natal, liguei para uma amiga e propus um almoço. Passei no restaurante e levei um filé à parmegiana para eu e ela almoçarmos com as filhas, em sua casa. Passamos o resto do dia jogando conversa fora. Foi ótimo, realmente me acalmei, e quando cheguei em casa, à noite, ainda tive coragem de organizar umas coisas antes de dormir. A noite foi tranquila. Estou expondo isso para dizer que amizades verdadeiras nos ajudam a controlar as emoções. Sair do face, do celular, da vida virtual e fazer visitas é uma excelente maneira de encontrar o equilíbrio às vezes perdido em meio a tantas responsabilidades.    

Quando se dá tempo ao tempo, as coisas vão tomando seu lugar. É o que está acontecendo comigo estes dias. A ansiedade serviu para fomentar ideias na minha cabeça. Tive uma ideia ótima e estou em parceria com uma amiga, com gosto de gás. Além disso, falei com outra amiga, uma colega jornalista, que estava precisando de extras e ela me indicou um frila. E para melhorar ainda mais, retomei a terapia. Fui ontem, na primeira sessão do ano, e a terapeuta me achou ótima, segura do meu talento profissional. Estou num período muito bom da minha vida, estou feliz, cultivando coisas boas, mas a terapia me ajuda a organizar melhor as ideias. Acho que é isso mesmo. Uma nova forma de olhar a vida. Em busca do equilíbrio, sempre. 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A retomada do projeto Tanquinho 4.0

Nossa, sumi faz tempo desse espaço. Fiquei preguiçosa em dois tempos, não segui forte com minhas metas, meus anseios, e cá estou, chorando o leite derramado... 3kg perdidos e depois recuperados, além de 1,5kg a mais. Feliz não fiquei nem um pouco com meu status atual, mas fazer o quê? Caminhar, correr, dançar, fazer dieta, tudo de novo!
Uns dias na praia e a inspiração para retomar o projeto  veio com tudo
Quando comecei o projeto Tanquinho 4.0, eu atuava somente como jornalista free-lancer. Isso significava uma agenda mais flexível. Mas fui convidada a assumir um emprego público, sou assessora de imprensa da Fundação José Augusto desde o mês de julho, e comecei a falar com minhas atividades físicas. Resultado: eu havia perdido 3kg, dos meus 60kg, e agora o ponteiro aponta mais de 61kg (não cravou nos 62kg porque não deixei). Foi triste perceber que as calças jeans, que estavam começando a ficar largas, estavam apertadas.

Voltei a caminhar, na av. Afonso Pena, um clássico para treinos no Tirol
 Mesmo morando na avenida Afonso Pena, no Tirol, local onde é comum a prática de caminhada e corrida, eu fui deixando o tempo passar. No menu de desculpas, a falta de tempo se somou à desorganização da agenda. Claro que eu poderia ter conciliado todas minhas atividades pessoais e profissionais, até porque sei que a atividade física melhora a nossa vida como um todo, mas para quem tenta e não tem realmente o espírito da coisa, fica difícil acordar bem mais cedo ou vestir a roupa de treinos quando chega do trabalho, para ir à luta.
Nesse meio tempo, o bairro da Ribeira, onde eu fazia ballet, ficou distante demais, em termos práticos, e a preguiça foi aumentando, os quilos perdidos acharam o caminho de volta e cá estou eu, tentando tudo outra vez. Por incrível que pareça, eu não deixei o ano começar para recomeçar os treinos. No dia 24 de dezembro, dei-me esse presente de natal. Acordei bem cedo, mesmo após uma festa em que tomei uns espumantes, vesti a velha roupa e os velhos tênis (sim, porque eu também usei a desculpa para mim mesma de que estava sem tênis novos), pus fone de ouvido no celular e caminhei com um único pensamento: eu vou retomar meu projeto a partir de hoje.  
No final do ano, peguei o rumo da praia, onde caminhei, corri e subi dunas
Encontrei de volta alguns estímulos e cá estou, de volta ao tempo perdido. Voltar a me sentir bonita no espelho, mais magra, com o rosto afilado, lógico que estava no meu pensamento. Quando me vi em algumas fotos, estava frustrada com o abandono das minhas metas. Mas não vou mentir que algo novo em minha vida me ajudou a ter esse estalo: uma paixão se delineando em meu coração. Sim. Um namorado. Normal, né, a gente querer se sentir bem para o outro. Não me condenem, please! Mas o melhor é que, ao contrário do que acontece com muita gente, não estou enamorada de um sujeito fissurado por fitness para poder ter esse desejo de estar mais enxuta e mais saudável. Pelo contrário, ele é até uma porta para o mau-caminho (brincadeirinha, baby!). É que amo uma cervejinha e ele idem. E não faz atividade física. Mas me deu um desejo de ficar linda para mim e para ele. De parecer uma menina feliz, serelepe e magra ao seu lado!!! Sentir-se linda deixa as mulheres mais seguras e eu vou me segurar nesse argumento. Tá valendo. Estou amando este desafio e está sendo uma verdadeira aventura conciliar minha rotina, minha vida profissional, meu coração a mil, acelerado, e manter-me concentrada, focada. Mas Deus é pai e eu conseguirei!
Vermelha: do sol e ainda da corridinha na praia de Baía Formosa
Os tênis ainda não comprei. Fiz bolhas com os velhos. Cheguei hoje após uma hora e 20 minutos de caminhada e me assustei com sangue na meia do pé esquerdo. Passei uma pomada cicatrizante, caprichei no look para ir ao trabalho e me mandei. Nada de desistir. Por enquanto, pretendo continuar pela manhã, tipo 6h30, mas logo, logo devo arrumar um jeito de acordar mais cedo, porque levo minha filha na escola às 7h. O bicho vai pegar. E o jeito? Acordar cedo, malhar, rezar para que tudo dê certo. Quanto à alimentação, descuidei um pouco no período em que estive afastada, mas não cheguei a ser tão desregrada. O problema  é que a atividade física é o grande motor do corpo. Não tem jeito. Se a gente não coloca a engrenagem para funcionar, enferruja tudo. Mas, para melhorar ainda mais, estou marcando uma consulta com uma amiga que é nutricionista. E já consciente de que terei de diminuir o ritmo da cervejinha. Mas, como não quero ser chamada de gordinha nem como forma de carinho, desejem-me sorte!  







segunda-feira, 17 de junho de 2013

Vivendo... com as armas que eu tenho

Arrumando-me para ir caminhar, um dia desses, a minha filha me questionou o fato de eu usar sempre as mesmas roupas, tipo pergunta indiscreta: "Mamãe, você só tem essa roupa?". Eu lhe disse que não, mas que as opções não são tantas assim. Desde que comecei a caminhar, alterno os biquínis (tenho três), porque tomo banho de mar, dois tênis, dois shorts e algumas camisetas (regatas e blusinhas, dependendo do tempo). Nada demais. Mas por estou falando isso? Porque ouço muita gente dizendo que só vai começar atividade física depois que comprar malhas novas, que só vai correr quando comprar um modelo "runner", entre outras "desculpas". 
Se você se sente feliz na praia, não precisa estar com o biquíni da moda. Use o que está limpo e viva!

Não faço o estilo consumista por dois motivos: falta-me dinheiro e sobra-me criatividade e senso de " não estou nem aí se vão pensar que não estou na moda etc e tal". O que me interessa é como eu me sinto. Enquanto ajudo minha filha na arrumação para ir a escola, visto meu biquíni ou malha do ballet, ponho um short ou uma calça de malha e sigo em frente. Uso meias e tênis, para não prejudicar minhas articulações e estou sempre em passos rápidos, repassando mentalmente o que preciso fazer, os textos que tenho de desenvolver, os títulos das matérias que estão emperrados. Ou não penso em nada, às vezes choro, emocionada, lembrando de coisas boas, lembrando das coisas ditas por minha filha, lembrando o quanto sou feliz por ouvir tantos elogios relativos a minha aparência jovial. 
Amo mergulhar, boiar, pensar em nada, brincar na água, relaxar. Isso é minha vida!    

Nas aulas de ballet, uma das colegas - contabilista, casada e mãe de três filhas - sempre fala que o momentos das aulas é um encontro consigo mesma. É quando ela se abstrai da profissional, da mãe, da dona de casa, da esposa, para ser ela mesma, para estar com ela mesma. E claro que cada uma de nós naquela sala também se sente assim. Quando nos arrumamos, vestimos o collant, meia, sapatilhas e fazemos o coque, estamos cumprindo um compromisso pessoal e intransferível. E não tem nada nem ninguém que nos faça descumprir esse compromisso. Pelo menos, tentamos, porque a chata e famosa "correria" nos impede às vezes de viver esse momento. 
 
Procure uma atividade prazerosa. Se você sente bem na praia, pise na areia e vá em frente 

Minha sobrinha disse que a médica receitou uma caminhada para o seu pai, que é empresário e é uma das vítimas da falta de tempo para si. Ele está empolgado e convidou sua mulher, isto é, minha irmã, que sempre foi sedentária, para lhe acompanhar nas caminhadas. Fiquei muito feliz quando ouvi isso, porque percebo que de alguma forma as pessoas estão sendo estimuladas a sair do estado de sedentarismo. E depois que sentem o sabor da endorfina, um dos neurotransmissores que nos dão sensação de prazer e bem-estar, liberado em resposta à atividade física, aí não tem volta. Ganhos para o corpo e para a mente. Na revista Boa Forma, pesquisei um plano de caminhadas, para quem tem dúvidas, ou então, procurem um personal para elaborar um plano personalizado. De todas as formas, você vai perceber como é bom sair da letargia. http://boaforma.abril.com.br/fitness/atividades-aerobicas/planos-caminhada-torrar-calorias-504413.shtml

Aos finais de semana, desço as ladeiras de Baía Formosa e saio ao sol, em busca de uma das minhas razões de viver 

Para quem ainda tem dúvidas sobre os principais efeitos das endorfinas no corpo, preste atenção na lista que é bem completa.  Melhoram memória; melhoram o bom humor; aumentam a resistência; aumentam a disposição física e mental; melhoram o sistema imunológico;  bloqueiam as lesões dos vasos sanguíneos;
têm efeito antienvelhecimento, pois removem superóxidos (radicais livres); aliviam as dores; melhoram a concentração. (Pesquisa na web: http://pt.wikipedia.org/wiki/Endorfina). Até um dia desses, eu caminhava sozinha, mas uma amiga começou a me fazer companhia. As filhas estudam na mesma escola, então nos encontramos e vamos caminhar. Logo no primeiro dia, ela relatou que se sentiu muito mais produtiva. Que até conseguiu driblar com bom humor certas chateações do trabalho. E sorrindo, quando uma amiga lhe perguntou se estava fazendo academia, ao que respondeu toda feliz: "sim, academia urbana!".

Relógio do sol na praia de Miami (Areia Preta), no centro de Natal, onde caminho regularmente 


E não pense que apenas as pessoas acima do peso precisam se exercitar. Tenho uma colega jornalista que parou de fumar há pouco tempo, mas sente que precisa ir mais adiante na busca pela qualidade de vida. Mesmo magrinha, está sentindo necessidade de fazer atividade física e melhorar a alimentação. Sou eu que estou dizendo isso a ela? Também, pelos escritos no blog, mas além disso, seu próprio corpo está pedindo cuidados extras. É isso aí. Não existe formula mágica: ser saudável depende de termos bons hábitos. 

O tempo que temos de vida está fora do nosso controle, mas podemos controlar o tempo que temos para viver e ser feliz. Agende-se e comece hoje mesmo a fazer uma atividade física. A cada 30 minutos de caminhada em passos rápidos, detone no mínimo 250 calorias. Mude sua rotina, escolha o melhor horário e vista o que tiver no armário. Mas sempre vá de tênis.

 



 




segunda-feira, 3 de junho de 2013

Dois em um: malhando o corpo e a alma

Ficar em Natal durante o feriadão  não é fácil. Pelo menos para mim. Confesso que adoro "fugir" aos finais de semana, sejam santificados ou não. Mas nem é sempre que tenho condições - financeiras, principalmente - de colocar a mochila nas costas e dizer "tchau Natal". Sendo assim, o jeito é me virar da melhor forma possível. Mesmo sendo sábado ou domingão, o corpo pede e vamos lá, caminhar, no Parque das Dunas.
Sorrisão largo quando chegamos, eu e minha filha, Alice, que não dispensa um passeio desses

Eu estava trabalhando, mas deixei o computador e me arrumei, depois do almoço, para nos divertimos um pouco. Reservei o dinheiro da pipoca e dos churros, coloquei garrafinha de água na bolsa e pegamos um ônibus. Andamos todos aqueles quarteirões, da avenida Hermes da Fonseca até a entrada do Parque das Dunas (situado na avenida Alexandrino de Alencar) e em poucos minutos já estávamos em meio àquele oásis urbano.
O lugar é ideal para passeios em família, é seguro e tranquilo

Esta semana, eu estava lendo uma entrevista na revista Lola (editora abril, janeiro/2013) com o jornalista americano Charles Duhhigg sobre a adoção de novos hábitos (ele é autor do livro O Poder do Hábito). Os exemplos citados no textos dizem exatamente respeito à atividade física. "Primeiro, há uma deixa, que age como um gatilho dizendo para o cérebro entrar no modo automático e indica qual comportamento ele deve adotar; depois, há a rotina, que pode ser física, mental ou emocional; finalmente, há a recompensa, que ajuda o cérebro a descobrir qual laço particular pode ser lembrado no futuro. A deixa e a recompensa tornam-se entrelaçadas, até que um forte senso de antecipação e desejo surge. Aí nasce o hábito".
A deixa para sairmos de casa foi: se livrar da "mofina" e uma das recompensas seria a pipoca

Na brincadeira, pensei: sair de casa, aproveitar o dia que está lindo, fazer um programinha barato é a deixa. A minha rotina é a caminhada, que se tornou indispensável, e para Alice, é se esbaldar no parque. Então fomos, faceiras e lépidas para esse encontro com a natureza. Mais uma vez, adorei me deparar com pessoas se divertindo, curtindo o verde, aproveitando aqueles sete hectares de tranquilidade, com mais de 50 espécies nativas para nos fazer sombra. Crianças, pais, mães, grupos de amigos, famílias fazendo pic nics e casais namorando, fazendo jus ao nome  da área acessível ao público que é Bosque dos Namorados. 

 Pedi permissão e fotografei, um jovem casal tão integrado com o ambiente... adorei

Deixei Alice em frente ao restaurante, dei permissão para ela comprar sorvete e zarpei. Pensei em caminhar uns 40 minutos, mas quando parei para lhe perguntar a hora, eu já estava há 50 minutos no pique. Lembrei-me de que até pouco tempo atrás, quando eu me programava para caminhar mais de 30 minutos, parecia que o tempo não passava. E agora, rapidinho caminhei, em passos muito rápidos, quase uma hora! Queimei um tanto de calorias que me permitiu uma recompensa pra lá de compensadora! A cada dia que passa, testo na prática o que é "o poder do hábito". 
O tanquinho tá um pouco longe ainda de surgir, mas os elogios já começaram a aparecer. Estou mais magra sim!

O autor do livro fala uma coisa muito importante e que eu já adotei sem saber que era uma dica: "se quiser correr todas as manhãs, é essencial que escolha uma deixa simples (como calçar os tênis antes de tomar o café ou deixar suas roupas de corrida ao lado da cama) e uma recompensa clara, como o senso de realização". Com relação ao ballet, sempre antes de dormir eu visualizo onde está a roupa, os adereços do cabelo e a sapatilha. E para a caminhada matinal, já me arrumo antes de levar a filha para a escola. Resultado: mesmo comendo feito uma louca nas festinhas da vida (na última quinta-feira, fui a uma festa de criança e comi churrasco, bolo e brigadeiro à vontade), o ponteiro da balança apontou  57 kg, menos 3 kg desde janeiro. 
Leonir Leon disse que corria todos os dias no parque e parou, mas agora vai ler o blog e se inspirar

Aproveitei o passeio para dar um alô e um big beijo na minha amiga Leonir Leon, Lili, sócia-proprietária da empresa familiar Gostoso & Natural, um restaurante e lanchonete localizado no Parque das Dunas. Manter amizades é sempre compensador, por isso nunca dispenso um papinho rápido com ela quando vou lá, além de tomar um suco, um sorvete ou quando vou com mais tempo, saborear o café da manhã ou almoço. Gosto tanto do ambiente que já fiz até um aniversário da minha filha lá. Foi maravilhoso pela simplicidade e originalidade. 

 Quem me conhece sabe que amo churros e desde quando vesti a roupa para caminhar pensava "naquilo"

Quando terminei a caminhada, apostamos corrida até o carrinho de churros, porque a minha grande recompensa era poder comer sem culpas um bem gostoso, com recheio de doce de leite. Alice ganhou, porque eu deixei... na verdade, meu corpo começou a dizer pára, pára, pára e meu dedão do pé gritou lá dentro do tênis, então ela ganhou e levou dois churros!  Ao final, encontramos outra amiga, que nos levou para sua casa, para um café com conversa, e depois nos deu carona de volta. Resultado: um domingão prá lá de compensador!

 Parquinho é bem agradável, para crianças até 10 anos. Adultos e crianças maiores podem fazer as trilhas ecológicas

Conta total do passeio: R$ 1 da entrada x 2 = R$ 2 + R$ 2 da pipoca + R$ 2 do picolé + R$ 6  + (R$ 3,60 (passagens, minha e de Alice no busão) =   R$ 15,60. Isto é, driblei a pouca grana disponível e garanti uma energia bem positiva para o nosso domingo. Isso quer dizer que é possível ser feliz buscando o equilíbrio entre a saúde do corpo e da alma! Como diz a canção, "é tudo uma questão de manter, a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo". Batida à exaustão, mas sempre inspiradora! 

Serviço: 
Parque das Dunas/Bosque dos Namorados -  Funciona de 3ª a domingo, das 8h às 18h. Tel.: (84) 3201-3985. Entrada: R$ 1. Para fazer a carteira anual de coopista, paga-se taxa anual de R$ 20. Informações na secretaria. 




 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Estabeleça nova rotina e aprenda a inserir frutas no cardápio e praticar atividade física

Versátil, a banana repõe energia além de ser deliciosa
"É fácil acreditar no ditado que diz que a banana é fruta que engorda e faz crescer, tão completa é sua lista de vitaminas e sais minerais. Ao mesmo tempo em que é recomendada para nutrir crianças em fase de crescimento ou abaixo do peso, também pode ser inserida em dietas de emagrecimento. Não por acaso, é a preferida da maioria das pessoas, por ser tratar do primeiro alimento oferecido à criança, após o período de exclusividade do leite materno". Extraí parte da matéria Tudo Sobre... Banana, produzida para a primeira edição da revista Unimed & Você (2009), para que você entenda a importância das frutas no cardápio de crianças, adolescentes, adultos e idosos. 

Três mãozinhas compartilhando saúde: minha filha e os dois amiguinhos

Desportistas ou não, todos nós temos o DEVER de comermos frutas e de incluirmos no cardápio diário de  crianças e idosos sob a nossa responsabilidade. A pirâmide alimentar, recomendada pela Organização Mundial de Saúde, recomenda o consumo de duas a três porções de frutas por dia. Infelizmente, nem todo mundo encara isso como uma verdade absoluta. E haja doenças, desnutrição e subnutrição. O sistema imunológico perde totalmente suas defesas sem o consumo desses "santos" alimentos. 

Mostrei a minha amiga que mesmo numa área recém povoado existe comércio de frutas

No último fim de semana, fui visitar uma grande amiga da minha adolescência. Anne Josy é auxiliar de escritório e tem dois filhos: Gabriel, 12, e Gustavo, 8. Os dois não recusam vegetais, o problema é que seus pais não tem o hábito de comprar frutas e verduras. Sem querer ofender, mas é visível que os meninos estão  subnutridos, pois cresceram bem abaixo da média, além de  adoecerem com frequência. Ao acordarmos e perceber que o desjejum dos meninos é composto de pão branco com margarina e café com  leite, pensei: onde estão os nutrientes dessa refeição. 

Instalada na varanda da casa de uma senhora, a pequena quitada oferece algumas frutas a preços convenientes

Perguntei se porque ela não compra frutas e ouvi várias "desculpas": que o supemercado do centro de Parnamirim, onde ela faz as compras, não tem preço bom, que perto de casa não tem onde comprar, é tudo caro, enfim... Mas, insatisfeita com as respostas, sugeri: então você deveria abrir um "sacolão" de frutas por aqui. Foi daí que ela revelou que existia um local sim. Pensando na minha filha que estava por acordar, disse logo: vamos logo, porque Alice não come nada desse café. Ela é habituada a fazer seu desjejum com frutas. 


O mais legal foi ver os meninos se deliciando com um singelo prato de frutas

Compramos banana prata (uma dúzia), mamão (1 kg, três unidades, a R$ 2,00), limão (4 x R$ 1,00) e laranja (3 x R$ 2,00, compramos 6 unidades) e gastamos R$ 9,00 ao todo. Mais uma vez, reforço que mais caro são os remédios comprados quando as crianças adoecem. As frutas são alimentos reguladores, isto é, ajudam na absorção dos nutrientes. Portanto, são muito importantes para a manutenção da saúde do nosso corpo.  

A fruteira era usada apenas como apoio ao garrafão de água

Conversei muito com minha amiga, perguntei sobre sua rotina, para poder sugerir de que forma ela pode estabelecer nova rotina que favoreça sua saúde e a saúde dos seus filhos. Pela manhã, Anne sai às 6h de casa para estar no trabalho às 8h. Não come nada porque toma café servido no trabalho (à base de café, leite, pão e ovos mexidos). Sugeri que ela faça o desjejum em casa, com uma porção de frutas, enriquecida com uma pequena porção de aveia, extrato de soja ou farinha de linhaça. Também sugerir que a mamãe deixe o café dos filhos encaminhado, ou que oriente o pai sobre o novo cardápio da casa. 


Fiquei muito feliz quando saí da casa de Anne Josy e pude registrar que a fruteira retomara sua função original

Para Anny Josy, que mede 1,59 cm e está muito insatisfeita com seu peso atual (68 kg), dei a dica para ela trocar o sapato por tênis e começar a usar uma bolsa menor, a tiracolo, para poder caminhar com mais conforto quando sair do trabalho (às 17h). A sugestão foi que faça o trajeto do ônibus por cerca meia hora, depois aumente gradativamente o tempo, até alcançar uma hora de caminhada, para em seguida pegar o transporte de volta para casa. Amiga, crie mesmo uma nova rotina e saiba que você só depende de sua força de vontade para emagrecer com saúde. Pelas veredas do Pium, tenho certeza de que você aproveitará muito bem suas caminhadas para conhecer um novo mundo. O mundo da qualidade de vida. 


sábado, 25 de maio de 2013

Cesta básica de saúde na Feirinha Agroecológica do Campus

“A fruta e a verdura são soberanas em todas as dietas, porque são ricas em vitaminas e sais minerais, que funcionam como co-enzimas”, afirma a nutricionista Fátima Nunes, que recebe cerca de 70 a 80% de mulheres dessa idade no seu consultório. Reproduzi esse pequeno trecho da matéria Glamour aos 40, publicada na revista Glam, em 2010, para que vocês percebam a importância da minha atitude saudável de hoje. 
Minha feirinha orgânica vai garantir as saladinhas da semana 
Outro dia eu postei no "face" se alguém saberia me informar se a Feira Agroecológica do Campus (UFRN) ainda funcionava. Um amigo meu disse que sim, mas eu ainda ficara na dúvida. Mas, na semana passada, eu fui a Pium e o proprietário do sítio Ecovila Pau-Brasil, Pedro, informou que vende sua produção na feirinha. Então fiquei muito feliz e decidi que iria hoje conferir de perto. Mesmo tendo ido a um aniversário de uma amiga e ter ficado na rua até quase meia-noite, coloquei o despertador para tocar, driblei a preguiça e a chuva e me mandei. 
Prof. Paulo Palhano (UFPB) comercializa mel orgânico e é um dos articuladores da feira

Quando cheguei, caminhei além da conta, mas encontrei a danada da feira mais reservada que eu conheço. Pouquíssimo divulgada, inclusive entre os universitários, professores e funcionários. As 12 bancas da feirinha estão montadas perto da entrada principal de quem entra para a praça cívica do campus.

Shaolim é como o produtor curraisnovense é conhecido. Ele vem do Seridó nos ofertar suas delícias

O Prof. Paulo me explicou que a feira se caracteriza por ser um empreendimento de economia solidária, foi fundada há oito anos, tem 12 grupos participantes e funciona todos os sábados das 6h às 10h. Ao longo desse tempo, já conquistou clientela fixa, que costuma ir cedo. Portanto, nos dias sem chuva, o horário que eu cheguei (por volta das 7h30) já pode ser considerado tarde. Mas, quem não conseguir madrugar, pode arriscar a xepa, afinal, não é uma feira?
Vegetais fresquinhos a preços "normais", isto é, todo mundo colocar mais cor à mesa sem pesar no bolso 

Os quatro princípios básicos da economia solidária são: auto-gestão, cooperação, organização social e comercialização solidária (que significa basicamente não praticar preços abusivos, não praticar trabalho escravo e promover o consumo consciente). Os feirantes-produtores, que vêm de diversas cidades do RN, como Currais Novos, Bom Jesus, Tangará, Parnamirim (Pium), comercializam produtos de primeira qualidade, produzidos sem uso de agrotóxicos.

Clientes chegam cedo para garantir os vegetais mais frescos e mais bonitos

Nas barracas, vende-se folhas - alface, rúcula, couve, mostarda, coentro, cebolinha -  frutas (abacate, melão, mamão, acerola), cenoura, berinjela, ovos caipira, filé de tilápia, bolos e pães integrais, mel e ervas medicinais. O Prof. Paulo reforça que a feirinha se tornou um ponto de encontro, tanto para quem participa, como para os clientes. "É muito interessante, mas eu percebo que uns grupos de amigas combinam de fazer a feira juntas e ficam batendo papo. Aqui é um lugar propício a isso".
Coisa mais fofa as cenouras orgânicas. Depois, pesquisarei como usar as folhas

Ao final, começou a chover e ficamos embaixo de uma barraca eu, o professor Paulo e Maria das Ervas, que me vendeu um chá de cavalinha (que ajuda a drenar as toxinas, segundo informou a nutricionista Lilian Lins, em uma matéria que fiz recentemente para a revista RV Mães 2013). Conversamos bastante, trocamos ideias, e-mails e telefones, e me senti uma pessoa super feliz. Minhas cesta básica de saúde estava garantida.

Mas, quanto eu gastei nessa feira? Umas pessoas desinformadas têm mania de dizer que lá é tudo mais caro, então vamos para a ponta do lápis. Lembrando que a relação custo-benefício é inegável, mesmo quando há produtos um pouco mais caro do que no mercado convencional.  
Alface: R$ 4 (dois pés)
Cavalinha: R$ 1 (porção)
Pão integral com pasta de tomate seco: R$ 7,00
Mel: R$ 15,00 (700 g)
Espinafre: R$ 2,00 (1 pé)
Rúcula: R$ 2,00 (1 pé)
Cenoura: R$ 3,00 (molho com muitas cenourinhas)
Coentro: R$ 1 (pé)
Abacate: R$ 2,00 (cerca de 400 g, o quilo é R$ 5)
Tomate: R$ 3,00 (meio quilo)
Cebolinha: R$ 1 (pé)
TOTAL: R$ 41. 

Comparando com o que  a gente gasta em produtos que não alimentam, só envenenam o corpo, ser saudável ainda é mais barato.