quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Diário de uma jornalista andante

Ansiedade paranormal
Hoje eu amanheci o dia bruscamente. Fui dormir tarde. Ao contrário de outros dias, em que morro de sono porque tenho acordado cedo para despachar menina para escola, ontem eu não queria dormir.
Depois de ter andado o dia inteiro, naquele esquema dos atendimentos que faço, feito médica do PSF de periferia, fui visitar uma amiga, que também resulta em trabalho extra, embora puramente por amizade (ela, Biba Thompson, tem um bar e dou uma força na divulgação).
Quando cheguei, ela perguntou de cara se eu aceitava um lanche de pão francês com frango de padaria, assado naquele esquema de "televisão de cachorro". Neguei porque estou evitando comer aves. Mas aceitei um caldinho de peixe, especialidade da casa, embora o bar estivesse sem função em plena terça-feira.
Eu, ela e Romildo Soares (quem conhece www.sem, música mais famosa dele? A gente põe www e a web pensa logo que é um link hahaha) para comer e conversar, rir, descontrair. O tempo foi passando e eu não tive coragem de pegar o ônibus Já era quase meia-noite. Decidimos que eu iria pegar um taxi, rachamos. Haja mais papo depois que a inês era morta e a "carona" estava certa.
Tudo bem, a filha estava bem, e eu fui para casa feliz, por estar compartilhando alguns momentos bons com minha amiga querida e com o Romilson (brincadeirinha gente, é Romildo viu?).
A contra-gosto, fui dormir, e acordei quase por imposição da pequena que me chamou, com urgência, ao seu leito. Era para eu ficar um pouquinho com ela. Acabei cochilando profundamente (é possível? ou se diz dormir mesmo?) e levantei sobressaltada. Acho que daí começou minha ansiedade.
Mas depois deu tudo certo, ela foi embora, eu fui catucar o quintal, separar o material reciclável que acumulamos por meses a fio sem achar a finalidade. Resolvi colocar na calçada, sacos e um tambor com um cartaz "reciclável" na esperança dos carroceiros buscarem.
Aquilo me deu um calor, um cansaço, uma dispersão de energia, até que fui tomar banho para finalmente começar a dar expediente. Antes, liguei para o namorado e até comentei que estava me sentindo um tanto quanto ansiosa.
Mal deu tempo de fazer um café e ligar o computador para eu descobrir o motivo: a produtora-mor daquele evento que eu trabalho me ligou, convocando-me a ir para o escritório com urgência (de novo a tal palavrinha, na mesma manhã), porque ela ficara sem a chave e eu era a solução. Também disse que eu não poderia trabalhar em casa naquele momento, e tais, então me arrumei e saí correndo.
Depois disso, minha ansiedade cessou e eu salvei a todos. Será que foi um pressentimento?

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